sábado, 14 de abril de 2012

Conhecer o Aracati para melhor preservar

A seguir veiculamos uma sequência de 4 vídeos sobre a cidade de Aracati. As imagens contam um pouco sobre a sociedade, economia e cultura aracatiense. Os vídeos foram produzidos pelos alunos do Colégio Christus.



SOB A ÉGIDE DA “ENERGIA LIMPA”, EÓLICAS IMPACTARÃO O MEIO AMBIENTE E DESTRUIRÃO SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS

Durante realização de prospecção arqueológica de superfície na área destinada à construção de 3 (três) usinas eólicas da empresa Bons Ventos, localizadas no município de Aracati, entre a praia de Canoa Quebrada e a localidade do Cumbe, descobrimos 71 ocorrências arqueológicas, entre 53 sítios arqueológicos e 19 áreas vestigiais. Esta quantidade pode ser superior tendo em vista que este trabalho foi realizado no primeiro semestre quando os ventos são mais brandos na costa cearense. Um diagnóstico realizado na segunda metade do ano poderá duplicar a quantidade de sítios, tendo em vista que sob a ação dos alísios de SE, que remobilizam um volume maior de areia, sempre novos sítios são descobertos, conforme tivemos oportunidade de observar em outros trechos do litoral oeste. As evidências atestam uma longa ocupação da zona estuarina do Jaguaribe, nosso principal recurso hídrico, iniciada por volta de 5000/6000 AP (Antes do Presente) quando a retomada paulatina da tropicalização na área litorânea transformou áreas inóspitas em ambientes privilegiados de ocupação. As ocupações dos arcaicos marisqueiros deste período inicial foram seguidas por ocupações de grupos ceramistas Tupi e Tapuias e, em momentos mais recentes, por instalações dos séculos XVIII e XIX. A diversidade verificada na cultura material atesta a confluência de etnias distintas que certamente disputavam os melhores sítios de coleta de moluscos e outros recursos marinhos.

Em virtude da expressiva quantidade de sítios detectada no local e da grande diversidade de vestígios, representada por adornos, fusos, pesos utilizados na atividade de pesca, vasilhas cerâmicas, instrumentos lascados, cachimbos, lâminas de machado polido, estes últimos só encontrados de forma descontextualizada em museus cearenses, nosso diagnóstico foi desfavorável à construção de qualquer empreendimento no local solicitando que a área fosse destinada a pesquisas acadêmicas sistemáticas.

Hoje nos preocupa o fato de que todo o litoral cearense, repleto de sítios arqueológicos em seus 573 quilômetros, esteja mapeado em vários pontos da sua extensão por empresas de energia eólica que sob a égide da “energia limpa” provocarão a destruição de sítios arqueológicos milenares.

Preocupa-nos também o fato de que, apesar do grande número de áreas arqueológicas já identificadas no Ceará, as pesquisas ainda sejam bastante incipientes, diferentemente do que ocorre em todos os outros estados do Brasil. Com isso, os vestígios deixados pelos antigos habitantes do território relacionado ao atual ainda não foram objeto de investigações contínuas por meio de elaboração de teses. Tal problemática tem a ver em grande escala com a falta de interesse das universidades públicas do Ceará (UFC, UECE, URCA, UVA) para com as pesquisas arqueológicas, que sendo uma atividade exclusivamente científica deve ser gerenciada pelas universidades e não por empresas particulares.

Desta forma, entendemos que os trabalhos de arqueologia no Ceará não podem restringir-se às intervenções emergenciais da arqueologia de salvamento, impondo-se a necessidade urgente de pesquisas arqueológicas acadêmicas para que tenhamos um maior aproveitamento das informações obtidas por meio de pesquisas que se estendam por um período mais longo. Como não contamos com pesquisas arqueológicas acadêmicas, a arqueologia cearense está entregue tão somente à arqueologia de salvamento. O nosso receio neste momento é que muitas informações sejam perdidas antes que tenhamos oportunidade de sistematizar estes estudos face às exigências dos grandes empreendimentos.

Posicionando-nos também contra o empreendimento das eólicas de Aracati, tendo em vista que o tempo necessário ao salvamento dos sítios arqueológicos seria inconciliável com os prazos propostos pelo empreendedores que pretendem entregar a obra em dezembro de 2008, inviabilizando qualquer atividade preliminar nos sítios antes da chegada das máquinas. Neste caso, seríamos obrigados tão somente a trabalhar em concomitância com a obra, procedimento este que seria desastroso para a salvaguarda do patrimônio arqueológico local.

Convém lembrar que em arqueologia de salvamento é comum proceder ao acompanhamento da obra para verificar a presença de vestígios em profundidade, porém em empreendimentos eólicos este procedimento é inviável, tendo em vista que as máquinas abrem verdadeiras crateras em áreas de sedimentos não consolidados (dunas). Isto não permite a visualização das estruturas e vestígios por parte do arqueólogo e por outro lado põe em risco a segurança do mesmo. Este aspecto é fundamental para lembrarmos a necessidade de estudos anteriores à construção de um empreendimento desta natureza.

O IPHAN do Ceará e de Brasília, representados pelos técnicos Olga Paiva e Rogério Dias, inclusive não aptos a dar um parecer arqueológico, tendo em vista não possuírem formação na área, desconsideraram nosso diagnóstico com receio de serem chamados para prestar contas com a Casa Civil da ministra atualmente posta na berlinda e oportunizaram a entrada de uma equipe na área para proceder apressadamente ao resgate arqueológico dos sítios, sem antes abrir uma discussão mais ampla sobre os nossos resultados. Discussão esta que deveria envolver a nossa equipe, um arqueólogo do IPHAN e outras instituições acadêmicas com tradição em arqueologia, como a USP e a UFPE, por exemplo, além das universidades locais e o Ministério Público, pois afinal de contas, as descobertas nos colocaram diante de uma situação excepcional, tendo em vista o significativo potencial da área e o grande impacto de construção deste empreendimento, erroneamente compreendido como mínimo.

Ampliando a nossa visão, entendemos também ser imperativa e emergencial uma ampla discussão acerca do impacto ambiental gerado pela construção das eólicas em áreas de preservação permanente (dunas e restingas – Resolução Conama 303/2002) vedadas ao uso econômico e caracterizadas pela intocabilidade (Resolução Conama 369/2006).

A construção provocará impacto aos campos de dunas móveis da região, um dos mais expressivos do Estado, fundamentais na dinâmica da zona costeira e no controle dos processos erosivos (Resolução Conama 341/2003).

No mais, a execução do empreendimento interferirá drasticamente na excepcional beleza cênica e paisagística das dunas do Cumbe, Barra do Aracati e Canoa Quebrada com a alocação de 67 aerogeradores (cataventos).

No tocante aos aspectos arqueológicos, vale lembrar ainda que o IPHAN recebeu um Plano de Resgate dos Sítios Arqueológicos elaborado pelo arqueólogo Walter Morales sem que ele e a sua equipe tivesse estado na área para visualizar as ocorrências, compreender a natureza dos processos de deposição e pós-deposição ali evidenciados, da distribuição espacial das ocorrências, para propor um cronograma e uma metodologia adequada. Da mesma forma, sem ter ainda postos os pés no local, a equipe teve um orçamento aprovado pela empresa responsável pelo empreendimento.

O que nos impressiona é que quando se é contratado por empresas públicas ou privadas para execução de trabalhos, uma das exigências primordiais, inclusive listada em editais, é que o contratado entregue declaração de que conhece a área, de que já esteve no local, correndo-se o risco de ser penalizado caso o conteúdo da informação não seja verdadeiro.

Gostaríamos também de aproveitar esta oportunidade para sugerir que as universidades públicas cearenses (UECE, UFC, URCA,UVA) saiam da letargia em que se encontram na atualidade e assumam juntamente com a sociedade e os órgãos legais e culturais, a defesa do patrimônio arqueológico local que com os seus vestígios funcionam como um elo entre as sociedades passadas e atuais. Estas últimas devem ter acesso às informações acerca deste valioso bem cultural.



Verônica Viana (arqueóloga)

Manuelina Duarte (arqueóloga)

Valdeci Santos (arqueólogo)

Karlla Soares (Historiadora)

Luci Danielli A. de Sousa (Historiadora)

Daniel Luna Machado (Historiador e Mestrando em Arqueologia)

Igor Pedroza (graduando em história UECE)

Cibele Nascimento (graduanda em história UECE)

http://luacheia.art.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=355
sexta-feira, 13 de abril de 2012

Filhos do Mangue: filhos do mundo

Filhos do Mangue de Aracati é o nome de uma instituição idealizada por jovens aracatienses. A ONG enseja dentre outros objetivos: a divulgação dos bens naturais e sua importância para a manutenção da vida; a promoção de eventos culturais com o objetivo de divulgar informações sobre o impacto das ações do homem no lugar
onde vive e seus desdobramentos sobre o equilíbrio dos ecossistemas. Ocivan Carnaúba ou simplesmente Carnaúba, presidente da instituição Filhos do Mangue de Aracati, vem nos falar um pouco do trabalho desenvolvido pela ONG em Aracati desde março de 2006, data de sua criaç
ão.

Qual a sua reflexão enquanto ativista e educador ambiental sobre os impactos ambientais em nossa cidade?
Ocivan- O planeta há muitos anos vem sofrendo por causa da má relação do homem com a natureza e, como os problemas ambientais estão presentes em toda parte, não seria diferente em nosso município. Vários impactos existentes em nossa cidade
são visíveis e muito ainda pode vir a acontecer exatamente por conta dessa má utilização dos recursos e a ocupação indevida dos espaços de grande relevância ambiental. Frente a tudo isso, faz-se necessário inserir a EDUCAÇÃO AMBIENTAL, no dia-a-dia da sociedade a fim de que não comprometamos ainda mais o futuro de nosso planeta.

Quando nasceu a idéia de fundar o movimento Filhos do Mangue?
Ocivan- Acreditamos que muitas idéias nascem, diante das necessidades... e, assim foi a criação do grupo. Quando percebemos o quanto era importante realizarmos uma ação prática e permanente a fim de que
pudéssemos contribuir com o processo de conscientização da sociedade sobre a importância de se preservar as riquezas naturais de nosso município e conseqüentemente do planeta.
O grupo surgiu em março de 2006, formado por vários jovens e pessoas interessadas na preservação dos nossos recursos naturais.

Porque o mangue?
Ocivan- O ma
nguezal foi a nossa grande inspiração porque lá é o berçário da vida e nos identificamos como filhos da Natureza.
O que Os Filhos do Mangue têm feito para conscientizar a população da importância de se preservar a natureza?
Ocivan- Ações práticas como os projetos que já vimos realizando há algum tempo a exemplo do Projeto Rio Limpo que consiste na limpeza das margens do rio Jaguaribe. Procuramos também
divulgar, através de palestras e visitas guiadas ao rio, a importância da preservação para a qualidade de vida da população.

Como o projeto recruta voluntários para as ações que empreende? Há algum requisito? Como se dá esse processo de participação e engajamento?
Ocivan- Inicialmente este é um trabalho baseado no voluntariado. Todos os voluntários aderem ao projeto a partir do reconhecimento de nossas ações. Filhos do Mangue são todos aqueles que exercem no seu cotidiano, práticas conscientes em defesa e preservação da natureza. Somos um grupo aberto e, portanto convocamos a todos a participarem deste processo de conscientização.


Fale sobre a ação dos Filhos do Mangue no Rio Jaguaribe, em Aracati.
Ocivan- Toda ação nos leva a uma nova tomada de consciência. Acreditando nesse princípio é que implantamos os projetos Rio Limpo (limpeza das margens do rio); Conhecendo a Natureza (palestra); Jovens Ambientais (curso) e Conhecendo o Manguezal (trilha). Todos eles estão direcionados à sociedade, principalmente àqueles que estão mais diretamente ligados ao rio e que precisam dele para sua sobrevivência.

A ocupação indevida de áreas às margens do rio Jaguaribe, até em suas ilhotas, tem favorecido para a sua poluição?
Ocivan- A ocupação das áreas, que consideramos como de preservação constante, preocupa-nos muito devido aos diversos tipos de poluição oriundos da permanência do homem nesses ecossistemas. O homem tem que ter seu próprio espaço, principalmente quando não há conhecimento sobre a fragilidade dos ecossistemas, e deve ser respeitado assim como todo ser vivo que tem sua moradia nesses ambientes.

Seria possível mensurar re
sultados, neste curto prazo de tempo em que a instituição vem desenvolvendo suas ações?

Ocivan- Nenhuma atitude é em vão. Acreditamos que todo esse tempo muitos resultados foram alcançados principalmente com os jovens que tiveram contato com os nossos projetos através das ações em educação ambiental. Hoje percebemos em nosso público alvo um novo conceito de homem e natureza. Podemos acrescentar que o rio Jaguaribe (Aracati) está mais limpo e por isso mesmo há maior quantidade de seres vivos.

Como a sociedade aracatiense pode colaborar com o projeto?
Ocivan- Primeiramente mudando de atitude. Precisamos muito do apoio, de todos, seja ele financeiro, logístico ou através do voluntariado. Há muito que ser feito para a preservação da vida no nosso planeta.
Para conhecer mais o trabalho da ONG Filhos do Mangue de Aracati acesse o blog www.filhosdomanguedearacati.blogspot.com

Adolescentes mapeiam agressões sofridas pelos manguezais do Rio Jaguaribe


Após 8 meses de trabalho, a Associação Filhos do Mangue de Aracati está concluindo o projeto "Jovens Ambientais" que reuniu 30 adolescentes estudantes de escolas públicas municipais e estaduais de Aracati para um processo de formação ambiental, com base na realidade de onze comunidades ribeirinhas localizadas entre Aracati e Fortim. A partir do conhecimento que adquiriram sobre meio ambiente e legislação ambiental, os adolescentes puderam realizar um levantamento da fauna e flora nos manguezais da região e um estudo sobre os impactos sociais e ambientais da carcinicultura e do lixo nas comunidades que margeiam o Rio Jaguaribe, localizadas em área de mangue.
Segundo José Edvan Moreira, vice-presidente da Associação, o foco da pesquisa feita pelos adolescentes foram os impactos sentidos após a instalação de empresas de carcinicultura nas comunidades. Além disso, eles buscaram avaliar os impactos sentidos pelas comunidades com relação ao aumento da temperatura, a crescente urbanização na faixa do rio e ao acúmulo de lixo nas suas margens. Os dados levantados foram comparados com dados de pesquisas realizadas pelas universidades federais do Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco sobre a região, de acordo com Edvan Moreira.

A partir do cruzamento dos dados das pesquisas, ele ressalta que houve um aumento da área de manguezal infértil nos últimos dez anos, devido ao crescimento desenfreado da carcinicultura. "As árvores não crescem mais como antes e há uma diminuição visível de animais como caranguejos e aratus, além do desaparecimento de algumas espécies", diz. Entre as espécies que desapareceram estão os guaxinins e raposas vermelhas, nas comunidades Cumbe e Canaviera; o tesoureiro (espécie de caranguejo) que hoje só resiste em Fortim e Icapuí. As garças também estão ameaçadas, segundo a pesquisa, pois antes 20 mil garças chegavam à idade adulta e hoje apenas 7 mil conseguem chegar a esta fase, além do fato de que dos três "ninhais" que existiam em Aracati e Fortim resta apenas um atualmente.

Participaram da formação adolescentes com idades entre 12 e 17 anos, das comunidades Sítio São José, Cumbe, Canavieira, Pedregal, Pedra Redonda, Volta, Porto do Céu, Jardim, Cajazeiras, Cabreiro e Serrote do Cabreiro. Na avaliação de Edvan, a participação dos adolescentes no projeto foi surpreendente, pois apesar da pouca idade eles se envolveram e perceberam a importância de se tornarem multiplicadores do que aprenderam sobre suas comunidades. No geral, eles se dizem indignados com a inércia dos governos quanto as constantes agressões ambientais que acontecem na região, muitas vezes em área de preservação permanente.

Com a conclusão do projeto, os/as adolescentes também podem realizar trilhas ecológicas mapeadas no mangue, aproximando outros adolescentes e jovens de um ambiente que apesar de bem próximo deles é pouco conhecido. Em suas comunidades e escolas, eles ainda dão palestras sobre o que aprenderam. A perspectiva futura é que eles participem de novos cursos de aprofundamento, com apoio de parceiros da ONG Filhos do Mangue, como o Instituto Terramar e a Rede de Educação Ambiental do Litoral Cearense (Realce). Segundo Edvan Moreira, a idéia é inserir as comunidades na Rede de Turismo Comunitário do Ceará

A Associação Filhos do Mangue de Aracati é uma instituição ambiental e destaca entre os seus objetivos: a divulgação dos bens naturais e sua importância para a manutenção da vida; a promoção de eventos culturais a fim de divulgar informações sobre o impacto das ações do homem no lugar onde vive e seus desdobramentos sobre o equilíbrio dos ecossistemas. Para o projeto "Jovens Ambientais" a entidade contou com recursos oriundos do Fundo de Apoio a Grupos Jovens do Conjunto Integrado de Projetos (CIP), coordenado pelas organizações não-governamentais Aratu (Icapuí), Atenda (Aracati) e Agir (Fortim), com apoio da Fundação Kellogg.

Mais informações:
José Edvam Oliveira Moreira, Associação Filhos do Mangue de Aracati - (88) 8804.1348 - Rua São Serafim Nº 1359 / Várzea da Matriz, Aracati, Ceará www.filhosdomanguedearacati.blogspot.com
Fonte: Clipping Catavento. Edição nº 02 Ano 06 - Fortaleza-CE, terça-feira, 20 de janeiro de 2009.

Mangue

O Brasil tem uma das maiores extensões de manguezais do mundo. A costa brasileira apresenta desde o Cabo Orange, no Amapá, até o município de Laguna, em Santa Catarina, uma estreita faixa desse tipo de floresta, chamada mangue. Trata-se de um ecossistema formado por uma vegetação arbórea em uma área de transição entre os ecossistemas dos rios e dos mares. Por isso, o mangue apresenta uma água salobra (meio salgada e com gosto desagradável, por causa de algumas substâncias nela dissolvidas), com áreas para a entrada da água do mar e ao mesmo tempo protegida da ação das ondas. É um ambiente rico em nutrientes, com solo lamacento, com muita matéria orgânica e pouco oxigênio.

Por ser atravessado por canais que ligam os rios aos mares, o mangue é usado pela fauna como caminho entre esses ecossistemas. Apesar de ter um pequeno número de espécies de árvores, o mangue abriga um grande número de espécies animais de várias formas e tamanhos, desde microorganismos até animais de grande porte.
microrganismos A grande parte da fauna do mangue é de ambiente aquático como peixes, crustáceos (caranguejos, siris, aratus, guaiamuns e camarões) e moluscos. Animais terrestres como a lontra e o jacaré-de-papo-amarelo também frequentam esse ecossistema.